A HISTÓRIA DE ROBSON CONCEIÇÃO

O nosso herói Olímpico teve uma infância difícil e quase não tinha tempo para brincar ou fazer coisas normais para um garoto de sua idade, pois, desde muito cedo, ele teve responsabilidades de uma pessoa adulta. Robson não tinha contato com o seu pai e ajudava sua mãe e avó no sustento da casa. Ele foi feirante, vendeu picolé na praia, foi ajudante de pedreiro e até mesmo se tornou um sargento da marinha.

Robson não pegou gosto pelo boxe através dos ringues. Na verdade, nem se interessava pela modalidade. O irmão de sua mãe era famoso em Salvador pelas brigas de rua no Carnaval da cidade. Roberto era respeitado por todos e espelho para o pequeno Conceição. Para seguir os passos dele, Robson passou a treinar no fundo de um quintal e aos poucos ganhou fama também, passando a ser conhecido como “Terror de Boa Vista”.

Aos poucos, passou a levar a sério e começou a treinar em uma academia de boxe. Logo viu que brigar na rua não estava com nada e passou a se dedicar aos ringues. Talentoso, não demorou para conseguir uma lugar na seleção brasileira. Ainda garoto, aos 19 anos, disputou sua primeira Olimpíada, Pequim 2008. Na estreia, perdeu para o lutador da casa Li Yang. Quatro anos depois, já mais experiente e com medalha no Pan de Guadalajara, no México, em 2011, Robson chegou em Londres com expectativa de boa campanha. Contudo, caiu de novo no primeiro combate, agora para Josh Taylor, da Grã-Bretanha.

 

RIO-2016

Este pode ser considerado o momento mais especial da vida de Robson Conceição. No dia 16 de Agosto, ele chegava no topo mais alto do pódio com a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio-2016. Foi uma conquista inédita para o boxe brasileiro, sendo a coroação de uma trajetória de muita batalha.
Conceição dominou aquela luta do início ao fim. No primeiro round, teve desempenho um pouco superior ao francês – 10 pontos a 9. O segundo round foi totalmente dominado pelo brasileiro, que levou o francês à lona em uma ocasião.

No terceiro e último round, o público já comemorava vitória muito antes do fim da luta. Oumiha conseguia certar poucos golpes em Conceição e já estava visivelmente cansado. A vitória na final dos pesos leves (até 60 kg) foi anunciada logo depois.

“Eu tive uma infância humilde, tinha que acordar cedo, ir para a escola e ajudar minha vó na feira. Hoje eu fui recompensado”, afirmou o pugilista após a sua vitória no Riocentro.

TÓQUIO 2020

Para a nossa tristeza, Robson atualmente se dedica à modalidade profissional e não pretende ir ao Japão.

“O ouro foi uma forma de encerrar uma trajetória da melhor maneira possível”, comenta o boxeador, confiante que os pugilistas brasileiros dos próximos Jogos Olímpicos representarão bem o país.

 

Para ficar por dentro do mundo do esporte nos acompanhe em nosso Instagram e Facebook.

Volte para a página inicial.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *